07/07/2016
"COMO EU ERA ANTES DE VOCÊ" | COMENTADO por Gata de Rodas
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Foto: Reprodução |
Após do acidente que o deixou tetraplégico em uma cadeira de rodas e com sérios problemas de saúde, Will Traynor, praticamente, se fechou para seu mundo. Sem ânimo e expectativas de melhora e principalmente ter de volta a sua antiga vida ativa de esportista, de fama, de mulheres etcétera e tal, Will que já tentara suicídio, assombrou os seus pais por longos seis meses com a ideia de terminar sua vida por meio do suicídio assistido na Suíça.
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Foto: Reprodução |
Numa atitude desesperada, a mãe de Will contratou a inexperiente Louisa Clark, como cuidadora para animar e levantar a autoestima de seu filho.
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Foto: Reprodução |
A plebeia Louisa, que entrou inocentemente nessa surpreendente e arriscada história de vida e morte, mais para ser amiga do rapaz do que para ser propriamente a sua cuidadora, se esforçou ao máximo para que o jovem príncipe Will voltasse a ver o quanto a vida é bela.
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Foto: Reprodução |
Mas, quando tudo parecia tranquilo e favorável, veio a grande revelação: tudo não passava de ilusão porque apesar dos momentos felizes e de ter curtido a companhia da simplória e alegre cuidadora, Will já tinha a sua opinião formada.
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Foto: Reprodução |
Para desespero de sua mãe e da sua cuidadora Louisa, Will não mudou de ideia quanto a a sua intenção de suicídio assistido.
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Foto: Reprodução |
Irônica e contraditoriamente, o mesmo Will que sabia tão bem dar conselhos de autoajuda a sua cuidadora encorajando a jovem a fazer coisas que estavam além de sua limitações e a viver a vida plenamente, não aplicou o conselho a si mesmo, uma vez que, não conseguiu se libertar do passado e dos tempos bons que jamais voltariam do jeito que ele queria.
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Foto: Reprodução |
No quem era quem no "Como Eu Era Antes de Você", o príncipe Will Traynor fez a barba, cortou o cabelo, pegou um bronzeado e chegou até a se divertir, mas, infelizmente, permaneceu o mesmo em suas convicções.
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Foto: Reprodução |
Mesmo depois de ter tido um pequeno "affair" com a sua cuidadora Louisa Clark, romance esse, que eu, sinceramente, esperei que terminasse como um conto de fadas, Will não conseguiu se sentir um homem em sua plenitude.
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Foto: Reprodução |
Enquanto a plebeia Clark, mesmo tendo sentido o gosto amargo do fracasso da missão impossível de não conseguir ajudar quem não queria ser ajudado, amadureceu e cresceu como pessoa e mulher, mas sem perder a graça e a ternura porque era sim, de meias listradas de abelhinha, que o Will gostava dela.
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Foto: Reprodução
Respeito a decisão Will.
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Foto: Luciana Firmnino |
Primeiramente, porque não me acho apta para julgá-la, considerando que eu nunca estive do outro lado, ou seja, eu não parei de andar igual a ele, eu simplesmente nunca andei e meus movimentos sempre foram limitados, e também porque só mesmo o próprio Will para saber o quanto era sofrido para ele estar preso a uma vida e a um corpo que ele não aceitava e não reconhecia. Sei que cada um sabe onde aperta o seu calo, mas quando penso nos meus maravilhosos amigos que ficaram deficientes, cadeirantes (tetraplégicos ou não), eu seria falsa em dizer que aceitei de boa o suicídio assistindo do rapaz, sem achar, lá no fundo, que Will não passou de um covarde mimado que fraquejou diante do primeiro "não" que recebeu da vida.
Você verá que é mesmo assim
Que a história não tem fim
Continua sempre que você
Responde "sim"
A sua imaginação
A arte de sorrir
Cada vez que o mundo
Diz "não".
Brincar de Viver - Maria Bethânia
Compositor: Guilherme Arantes
A cada dia te admiro mais
ResponderExcluirAgradeço o carinho do comentário. Continue seguindo, comentando e compartilhando a Gata de Rodas. Ah! Inscreva para receber as publicações por e-mail.
ExcluirNão gosto desse filme,mas ñ exatamente por seu desfecho, quem se mata não é fraco nem mimado.
ResponderExcluirA eutanásia merece ser mais discutida e ele precisava de terapia e não de uma babá(Pq ela ñ cuidava de fato dele)
Agradeço o seu comentário aqui no post. Eu como Gata de Rodas, militante e ativista pela diversidade sexual da pessoa com deficiência, jamais vou aceitar filmes que o ponto final da vida de nós com deficiência seja o suicídio. Não cabia eutanásia no caso ele e sim terapia como você comentou. O fim do filme ficou a desejar. Faltou o empoderamento da pessoa com deficiência com a aceitação do seu corpo na atual circunstância. Faltou a volta por cima. Quero mais comentários seu no blog Gata de Rodas. Beijos
ExcluirSempre que tento explicar pras pessoas o quão capacitista e babaca é esse filme, geralmente acabam achando que eu sou revoltada e mal agradecida.Tô esperando ansiosamente pelo dia em que façam um filme com um ator que realmente tenha deficiência, e que ele beba, fume, transe, e tenha problemas do cotidiano como um ser humano normal!! Amei a matéria!
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