10/07/2017
Pesquisa mostra que mulheres com deficiência são as que mais sofrem violência
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Foto: Ilustrativa do GOOGLE |
Mulheres com deficiência mental ou
comportamental foram as que mais sofreram algum tipo de violência
segundo os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do
Ministério da Saúde. Os índices também apontam que o cônjuge é o
principal agressor dessas vítimas.
A violência contra mulheres portadoras de necessidades especiais e o impacto social e financeiro dessa violência foi o assunto de audiência pública na Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher nesta terça-feira (8).
A violência contra mulheres portadoras de necessidades especiais e o impacto social e financeiro dessa violência foi o assunto de audiência pública na Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher nesta terça-feira (8).
A assessora da Secretária Nacional de Segurança Pública do Ministério
da Justiça, Beatriz da Silva, afirmou que as pessoas com algum tipo de
deficiência são invisíveis para a segurança pública. Segundo ela, mais
de três quartos da população com deficiência já sofreu algum tipo de
violência. As mais comuns são as violências moral e psicológica.
Beatriz da Silva disse que algumas medidas preventivas podem ser
tomadas, como a adaptação dos sistemas de denúncias. O disque 190, por
exemplo, não atende as pessoas com deficiência auditiva. Além disso, é
necessário maior capacitação dos profissionais de segurança pública.
Já do ponto de vista econômico, a consultora do instituto de pesquisa
Mckinsey Global Institute, Tracy Francis, acrescentou que o trabalho
realizado por mulheres representa apenas 35% do PIB nacional e que se
esse número fosse maior, o Brasil poderia crescer em torno de U$ 400
bilhões, o equivalente ao PIB da região nordeste. Tracy Francis disse
que a mudança virá quando governo, setor privado, organizações da
sociedade civil e outras representações se unirem para criar um projeto
unificado.
“A mulher tem que ter acesso aos mesmos setores da economia que os homens”, enfatizou.
A deputada Moema Gramacho (PT-BA), que presidiu a reunião, afirmou
que a comissão já formou um grupo de trabalho que discutir medidas
referentes ao assunto.
A audiência fez parte da programação da Campanha Mundial de 16 dias
de Ativismo de Combate à Violência contra Mulher, que termina na
quinta-feira (10) com o lançamento do livro “Mulheres no Poder”, da
escritora Schuma Schumaher.
Ana Gabriela Braz; Edição – Luciana Cesar
Fonte: compromisso e Atitude - 08/12/2015
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