06/10/2019
Gata de Rodas e a polêmica sobre o filme "Como Eu Era Antes de Você"
Apesar
de já ter escrito no Blog Gata de Rodas em 2016 sobre “Como Eu Era
Antes de Você”, eu não e resisti e recentemente expressei a minha
indignada opinião no Facebook sobre o filme quando soube seria
apresentado na segunda´feira, 30/09/2019, na Tela Quente na Rede
Globo. Sem querer acabei causando polêmica na rede que resultaram em
debates e em comentários a favor e contra o tema central do filme
que é o “Suicídio Assistido”.
Eu
não gosto desse filme "Como Eu Era Antes de Você"!
Apesar que cada uma sabe onde lhe aperta o calo e que temos o livre arbítrio para escolher sobre o nosso destino seja ele em continuarmos a viver ou simplesmente por um ponto final na nossa existência, mas por ser a deficiência uma tema pouco abordado em uma produção cinematográfica, esse filme só reforça aquela velha ideia, mesmo que velada, de que deficiência não é compatível com a vida (não vou fazer spoiler, mas o cadeirante do documentário "Longe da Arvore" chegou a ouvir algo bem assim) reforçando o insensível desfecho de que a morte é a solução para nós, pessoas com deficiência, por não nos encaixarmos nos padrões socialmente aceitos.
Além do mais, já passou da hora de dar um basta nesse lance de associar deficiência a dor, sofrimento e infelicidade, por mais que essa seja a triste realidade de algumas pessoas com deficiência.
Apesar que cada uma sabe onde lhe aperta o calo e que temos o livre arbítrio para escolher sobre o nosso destino seja ele em continuarmos a viver ou simplesmente por um ponto final na nossa existência, mas por ser a deficiência uma tema pouco abordado em uma produção cinematográfica, esse filme só reforça aquela velha ideia, mesmo que velada, de que deficiência não é compatível com a vida (não vou fazer spoiler, mas o cadeirante do documentário "Longe da Arvore" chegou a ouvir algo bem assim) reforçando o insensível desfecho de que a morte é a solução para nós, pessoas com deficiência, por não nos encaixarmos nos padrões socialmente aceitos.
Além do mais, já passou da hora de dar um basta nesse lance de associar deficiência a dor, sofrimento e infelicidade, por mais que essa seja a triste realidade de algumas pessoas com deficiência.
Desconstruir
esses conceitos "down" e capacitista que envolvem a pessoa
com deficiência é sem dúvida alguma, um grande passo para uma
sociedade mais humana, justa, equitativa, acessível e inclusiva.
Ah!
Apesar de não ter comentado no post, também achei de um tremendo
mau gosto apresentar o referido filme fechando o mês setembro que é
marcado por importantes campanhas de conscientização:
➤Setembro
Verde - mês da luta pelos direitos e inclusão social da pessoa com
deficiência e também é o mês de sensibilização à doação de
órgãos e tecidos.
➤Setembro
Amarelo - mês da campanha de prevenção ao suicídio.
➤Setembro
Azul - mês da visibilidade da comunidade surda brasileira.
Agora
estamos no Outubro Rosa que é uma campanha anual realizada
mundialmente no mês outubro de conscientização para o controle do
câncer de mama com o objetivo de compartilhar informações e
promover a conscientização sobre a doença; proporcionar maior
acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir
para a redução da mortalidade. Que prevaleça o bom senso e não
inventem de passar o filme "Já Estou Com Saudades". Tudo
pela vida!
"
Sejamos incontroláveis então…
e que a gente não desista porque
ninguém acredita"
Machado de Assis
Eu gosto muito do filme, chorei muito no cinema pq eu amo kiimu o livro. Mas não acho que ele deva ser usado com exemplo de histórias sobre pessoas com deficiência. Pq realmente pode reforçar a odeidde que a pés portadora de deficiência é incapaz a ponto de não conseguir ver uma vida para si. Mas acredito que é uma boa história pra conscientização sobre suicídio. E do direito das pessoas de decidir sobre a própria vida e validar seu sofrimento.
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